Para matar crianças, órgão da OMS se afasta da ciência
- Clipping Vitae
- 18 de jul.
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Semanas atrás escrevemos sobre o absurdo de um pequeno órgão da OMS ter passado a defender que podemos matar crianças periviáveis, aquelas com mais de 20/22 semanas e que, por isso, têm possibilidade de sobreviver fora do útero materno.
Relendo esse documento do Departamento de Saúde Sexual e Reprodutiva e Pesquisa (SRH) da OMS, conseguimos perceber um detalhe que revela claramente que este setor da OMS deixou de lado o critério científico para seguir parâmetros ideológicos.
Antes de publicar em 2022 essa verdadeira bomba abortista, esta minúscula repartição da OMS tinha publicado o guia “Aborto seguro: orientações técnicas e política para os sistemas de saúde”, cuja 2ª edição saiu em 2012.
A equipe responsável pela edição daquele guideline de 2012 era composta por vinte integrantes, sendo que, destes, quatorze eram médicos com especialidade em ginecologia obstetrícia.
Embora o viés abortista também estivesse presente em todo seu conteúdo, este documento de 2012 não extrapolou as orientações da própria OMS, pois seus autores não ousaram ultrapassar a linha da viabilidade fetal, estabelecida pela própria Classificação Internacional de Doenças (CID) da OMS, em 20/22 semanas.
Isso se deu porque, mesmo para aqueles médicos que defendem o aborto, a prática, experimentos clínicos e estudos de caso fazem com que estes se rendam à realidade e reconheçam a vitalidade do nascituro que ultrapassa esta idade gestacional.
Mesmo sendo favoráveis ao abortamento de crianças, esses cientistas sabem que acabar com a vida de uma criança periviável é homicídio e não aborto
No entanto, em 2022, este departamento da OMS resolveu inovar e – simplesmente – ignorar por completo a viabilidade fetal, asseverando que o aborto pode ser praticado em qualquer idade gestacional.
Para tanto, valeram-se do singelo artifício de expandir quantitativa e reduzir qualitativamente os membros do próprio setor, compondo-o com pessoas sem conhecimento técnico específico e retirando aqueles que detinham expertise científica.
Genial, não?
Se em 2012, o Departamento de Saúde Sexual e Reprodutiva e Pesquisa (SRH) da OMS detinha 70% de seus quadros com pessoas de formação técnica especializada em obstetrícia e ginecologia, em 2022, para a edição do “Abortion Care Guideline”, eles quase duplicaram os integrantes (de 20, passaram para 39).
Adicionaram pessoas que não ostentam qualquer expertise em medicina, mas que se dizem peritos em direitos humanos e políticas de saúde (ou algo parecido). Além disso, reduziram os próprios médicos do grupo, passando de 14 ginecologistas para apenas 5.
O resultado disso tudo é que o “Guia de cuidados do aborto de 2022”, de cuidado, não tem nada, e de guia, muito menos. Com percentagens de 70% contra 12,8% de ginecologistas obstetras como autores dos documentos, fica claro que há uma total e absoluta ausência de cientificidade na elaboração deste último, o “Abortion Care Guideline”, de 2022.
Por tudo isso é que devemos nos questionar sobre a credibilidade deste documento, afinal, pessoas que não detêm qualquer domínio da ciência médica não podem querer ditar os rumos da medicina e tampouco impor sua cultura nefasta àqueles que, por essência, estudam e aplicam a arte da cura, nunca da morte.
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